A FELICIDADE PURA

             Pelas estradas da vida, encontramos os mais diferentes tipos de pessoas. São peregrinos, que tal como nós procuram a felicidade.

            Mas para que encontremos a felicidade, é preciso saber primeiro exatamente o que é a felicidade.

            Qual é o seu formato? Qual a sua composição? Qual é o lugar em que podemos mais facilmente encontra-la? Que ela representa? Pode ser comprada ou podemos pedi-la emprestada a outra pessoa? Podemos dá-la como presente a alguém?

            A felicidade é uma coisa totalmente abstrata e, portanto não tem forma, volume ou cor, porém certas pessoas dão-lhe as mais variadas formas. Essencialmente materialista, o ser humano, vê na maioria das vezes, na compra de objetos como carros, casas, mansões, aviões, empresas etc., uma maneira de chegar à felicidade.

            Logo, no entanto, aquele objeto comprado ou ganho, que de início trouxe tanta alegria e felicidade, transforma-se em algo corriqueiro e a felicidade tão almejada não passa de um efêmero momento.

            Para outras pessoas, a felicidade representa o ponto máximo de uma carreira. Na formatura de um curso superior outros pensam tê-la encontrado. No trabalho do cotidiano ao alcançar determinadas metas, pensamos que talvez esteja ali a felicidade. No nascimento de um filho, encontramo-nos em estado de êxtase, e imaginamos ser a felicidade completa.

            Tudo, porém são momentos de grande alegria, mas que rapidamente passam por nós e entram no lugar comum, e imediatamente começamos novamente a busca da felicidade.

            Procuramos por toda a parte, algumas vezes vamos para outros locais ou países distantes, aventurar…

            A felicidade pura, no entanto, são momentos de nossa vida e estão sempre à nossa mão.

            O amor ao teu semelhante, a mão que estendes a alguém que necessita de auxílio, a palavra de coragem e apoio que deste a um ser humano em dificuldade.

            O socorro que prestas, ao erguer aos céus teu apelo ou tuas preces por um irmão desesperado.

            O sublime silêncio que te transporta em espírito para outros planos, sempre na busca do bem-estar de um ser que sofre.

            O momento em que te curvas para endireitar uma plantinha tombada pelo vento, ou erguer um ente caído em uma valeta qualquer.

            O amor a nosso Pai, todas as tuas boas ações, a caridade feita sem ostentação, o amor ao próximo, isto é a felicidade.

            Esta felicidade é eterna, porque a cada boa ação que fazes, elevas-te mais junto ao Pai.

            O teu corpo irá morrer, mas novas oportunidades te serão dadas para que com tua maneira de ser, purifiques a tua essência, tirando dela todo o rancor, ódio, inveja, orgulho e outras mazelas.

            Desta maneira irás acumulando, em cada encarnação, mais felicidade, que te serás eterna ao final de tua missão, quer dizer, quando fores um espírito puro.

            E quando estiveres, então, em um plano superior, verás quanto são fugidios estes momentos de êxtase em nosso mundo material.

                  

Livro: Mensagens para Meditar – página 224 a 227